Meus 10 livros favoritos dos últimos 10 anos
uma retrospectiva literária de 2014 até 2024
Vi no canal Quarto dos gêmeos no Youtube um vídeo muito legal com os livros favoritos de cada ano ao longo dos últimos 10 anos, e decidi copiar, porque achei a ideia muito bacana!
Então esta cartinha vai ser simplesmente um compilado de dicas de leitura acumuladas desde 2014 até 2024. Já pega o caderninho e a caneta (ou, quem sabe, o bloco de notas do celular) e tome nota, porque eu li muuuuita coisa boa e tem várias indicações legais!
Confesso que achei muito difícil elencar as melhores leituras por ano porque apenas a partir de 2019 eu resolvi fazer esse controle dos livros lidos. Ainda bem que eu tinha canal no Youtube e Skoob para me relembrar das leituras passadas!
Sem mais delongas, vamos à lista:
2024: Sobre meninos e lobos, de Dennis Lehane
Li muita coisa interessante em 2024, mas não teve jeito: Sobre meninos e lobos, de Dennis Lehane, foi a minha leitura favorita! É um livro de suspense diferente de tudo o que eu já havia lido, com uma profundidade incomum no gênero e muitas reflexões interessantes.
Os personagens são muito bem-construídos e a escrita é excelente. Foi o meu primeiro livro do autor e deu início a uma pequena obsessão. Já quero ler tudo o que Dennis Lehane escreveu!
2023: A última casa da rua Needless, de Catriona Ward
2023 não foi um grande ano de leituras para mim, mas acho que, dos livros que li, o que mais me marcou foi A última casa da rua Needless, de Catriona Ward. É difícil falar desse livro sem entregar nada, porque a graça é ler sem saber o que vem pela frente.
Mas posso dizer que é um livro bem angustiante, em que nada parece fazer sentido até começar a fazer. Entre os temas tratados estão a violência contra crianças, a saúde mental e outras coisinhas perturbadoras. É um livro muito esquisito, e, para mim, é isso que o torna tão interessante.
2022: O parque das irmãs magníficas, de Camila Sosa Villada
O parque das irmãs magníficas, de Camila Sosa Villada, é uma preciosidade latina que escutei em audiobook em 2022 e me marcou demais. É um livro em que coisas extremamente tristes são narradas de forma belíssima e envolvente, os personagens são absolutamente cativantes e as pequenas pitadas de realismo mágico só deixam tudo mais interessante.
As desventuras e os dramas de um grupo de travestis em Córdoba me marcaram demais e ficaram comigo por muito tempo. Por isso, esse livro merece um lugar na listinha de favoritos.
2021: Uma vida pequena, de Hanya Yanagihara
Muita gente detesta Uma vida pequena, de Hanya Yanagihara, por achar que se trata de torture porn. Mas eu estou no time dos que amam!
Adoro as reflexões sobre a arte, sobre tornar-se adulto, sobre envelhecer que o livro traz. Para mim, é muito mais do que apenas um livro com violência extrema, embora ela permeie toda a narrativa. Nunca chorei tanto lendo um livro e valeu a pena cada lagriminha derramada nessa jornada.
2020: As horas, de Michael Cunningham
Li horrores em 2020 por motivos de pandemia, mas As horas, de Michael Cunningham, foi o livro que mais me marcou. Trata-se de uma espécie de releitura de Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf, que também vai aparecer por aqui.
Li para a faculdade de Letras, justamente porque estávamos discutindo a obra de Woolf e há muitas referências a ela nesse romance. Inclusive, a autora é uma das personagens da trama que interliga três mulheres vivendo em épocas e contextos distintos. A escrita é ótima e eu fiquei com vontade de ler tudo o que o autor escreveu!
2019: Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf
E por falar em Virginia Woolf, é claro que Mrs. Dalloway ia aparecer por aqui. Li para um curso livre da UERJ e foi uma leitura muito desafiadora. A maneira como o livro é narrado em fluxo de consciência e a complexidade dos personagens fizeram com que a experiência fosse muito difícil, mas totalmente gratificante.
Acho que não entendi várias coisas e planejo fazer uma releitura em algum momento para capturar mais detalhes dessa narrativa complexa e apaixonante. Mas já é um dos meus livros favoritos da vida.
2018: O peso do pássaro morto, de Aline Bei
Li muita coisa boa em 2018, mas O peso do pássaro morto, de Aline Bei, me marcou enormemente. É um livro escrito em prosa poética que tem a proposta de contar a história de uma mesma mulher, dos oito aos 52 anos.
O pronome indefinido empregado aqui não é casual: a personagem principal da narrativa não tem nome nem rosto, para que possa ser, ao mesmo tempo, cada uma de nós. Ao longo dos anos, a personagem passa por diversas provações, e os temas da perda e da solidão são os fios condutores do romance. É triste, porém, é lindíssimo!
2017: Como um romance, de Daniel Pennac
Em 2017 eu li muita coisa surpreendente e interessante, afinal, foi o ano em que ingressei na faculdade de Letras. Mas o que mais me envolveu, sem dúvidas, foi Como um romance, de Daniel Pennac, um livrinho delicioso que é uma verdadeira ode à paixão de ler.
O autor é professor e narra suas experiências em sala de aula, compartilhando com o leitor suas técnicas favoritas de como despertar nos alunos o prazer de ler. Uma das passagens mais famosas é a lista dos dez mandamentos do leitor, que continuam mais atuais do que nunca. Me lembrei muito de um dos meus filmes favoritos da vida, A sociedade dos poetas mortos, enquanto lia o livro de Daniel Pennac.
2016: Edições perigosas, de John Dunning
2016 foi um ano de excelentes leituras. Mas o livro que mais me marcou foi Edições perigosas, de John Dunning. É o primeiro livro da série Cliff Janeway, um detetive-livreiro bem-construído e cheio de nuances.
Li esse livro num momento delicado e, de certa forma, foi ele que me inspirou a fazer Letras e mudar de carreira. Além disso, é um livro de suspense envolvente e bem-escrito. Portanto, não poderia deixar de figurar nesta lista.
2015: A redoma de vidro, de Sylvia Plath
Nem tenho muito o que dizer quanto a este, porque A redoma de vidro, de Sylvia Plath, é o meu livro favorito da vida!
É impressionante a maneira como a narrativa me tocou, me identifiquei profundamente com a personagem principal e sua saúde mental precária e chorei horrores. A metáfora da figueira ainda hoje me acompanha, não à toa, eu falei sobre ela no primeiro textinho deste projeto. Vale muito a leitura!
2014: Misery, de Stephen King
2014 foi outro ano muito prolífico para leituras. Li muita coisa interessante para comentar no (finado) blog e no canal, como Suicidas, do Raphael Montes, por exemplo. Mas Misery, de Stephen King, foi um acontecimento!
Antes de ler Misery, eu havia lido Carrie e detestado. Então passei anos achando que não gostava de Stephen King. Foi esse livro que me fez fazer as pazes com o autor, que se tornou um dos meus favoritos.
E esta foi a minha listinha de leituras favoritas dos últimos 10 anos. Você já leu algum desses livros? Vamos continuar a conversa nos comentários!
Adorei! Destes eu só li Mrs Dalloway, mas fiquei super interessada pelo "Sobre meninos e lobos" e "As horas" por amar os filmes. "Como um romance" já está na minha mira há tempos, porém esgotado.